Este blog é uma forma de expressar e divulgar minhas ideias, escritos, poemas, textos em geral. Afinal o que é a escrita se não uma forma de dialogar consigo mesmo?
Baía de Guanabara
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Película
Tanto monto na mente
quebra-cabeça da desmemória,
presença de um olhar tímido
flutua na cor de um sol úmido
navegando num barco a remo em um extenso deserto.
Exílio distante mais no tempo do que no espaço,
ingênua vertigem de pretenso ator esperto
cuja cena se repete antes do fim de um achado.
Divergência em consenso tão longe, tão perto,
viagens por vias virgens
vítimas da vaga incerteza
de um belo take errado.
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Nesse poema, há várias aliterações bem interessantes.
ResponderExcluirE o lirismo, claro, sempre bastante sensível a impressões afetivas, digo, afetivo-sensoriais, como em "flutua na cor de um sol úmido".
A escolha do título (“Película) é excelente, principalmente quando se relaciona com o último verso. É algo sutil. Nos últimos versos "Divergência em consenso tão longe, tão perto, /viagens por vias virgens / vítimas da vaga incerteza /de um belo take errado."